Oi gente, tudo bem com vocês!?
(ps. eu adoro narrativas, logo, esse texto é sobre mim)
Finalmente, e aproveitando o espaço de “maior tempo em casa”, mesmo que impulsionado infelizmente pela pandemia que estamos enfrentando. Quero me reencontrar com vocês nesse espaço e com esses textos reviver este blog. Fiquei ausente, muitas coisas aconteceram e vou compartilhar tudo com vocês, porque minha produção de conteúdo criativo nunca parou. Só mudou um pouco de segmento, e eu não estava conseguindo vir compartilhar com vocês. Espero ainda que todos estejam bem, se cuidando, evitando ao máximo sair das suas casas e usando máscaras quando for preciso sair. Já que agora isso é o nosso “novo normal”, como estão chamando. E é imprescindível para continuarmos saudáveis e protegendo todos ao nosso redor. Pelo menos, até toda essa pandemia perder a força ou passar.
Parte 1 – 2018 em resumo, e seu findar.
No ano de 2018 tomei uma decisão importante de direcionamento de carreira que mudou bastante minha vida. Deixei o serviço público e resolvi sair da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), primeiro me ausentando com uma licença sem vencimentos e posteriormente concretizando meu pedido de exoneração. A Cepe foi minha grande escola e me consolidou profissionalmente no mercado como designer editorial, trabalhando para mídias digitais e tradicionais. Estava também me dedicando a progressões da minha carreira acadêmica, tendo ingressado no Mestrado em Artes Visuais pela UFPE, o qual tive a oportunidade de cursar um período sanduíche como aluno especial na Unesp, em São Paulo. Ainda neste mesmo ano, a decisão de deixar o Recife e estabelecer residência fixa em São Paulo se efetivou, abrindo as portas para que eu pudesse galgar novos rumos na minha carreira como designer e professor.
Tchau Recife, oi São Paulo!
Foi um ano divisor de águas e de muito trabalho. No início deste ano, encerrei também, os estudos de especialização no curso de Pós Graduação em Design Editorial, o qual resultado tornou-se o artigo: “Projeto gráfico editorial: ensaio sobre as características do livro didático digital e interativo“. Que orgulhosamente consegui publicar através do 13º Congresso Pesquisa e Desenvolvimento – P&D Design, ao fim do mesmo ano. Esse trabalho foi o embrião para minha pesquisa de mestrado, onde, através de investigação sobre artefatos didáticos digitais, desenvolvi a dissertação: “Artes Visuais no Ensino Médio: afastamentos e aproximações da prática pedagógica no uso no livro didático”, publicação que disponibilizarei em breve.
No meio do ano, participei como artista e designer da exposição coletiva: “Tramações 2 – sobre gênero e sexualidades”, onde, além de trabalhar a identidade visual da exposição, em parceria com o ilustrador e artista Dante Olivier, performei o primeiro ato público de “Pai” (2018). Performance que dialoga sobre uma postura idealizada dos corpos masculinos na sociedade. Os relatos de vivência e experiência com Tramações 2, viram ainda um livro, o qual assino dois capítulos: “Tramações 2 – Sobre visualidades em Queda“, organizado por Luciana Borre e lançado digitalmente em 2019 pela Editora UFPE.
Parte 2 – novas jornadas em novos lugares.
Chegando em São Paulo no início do segundo semestre de 2018, decidi que estava na hora de voltar à atuar em agências (de comunicação ou publicidade), e assim pude atualizar meu perfil criativo com as novas tendências e necessidades do mercado. Além de olhar para trás e compreender toda minha produção profissional até o momento.
Encontrei na Bend Design este espaço de início de atuação profissional numa nova cidade. Passei então a desmembrar minha atuação, tirando um pouco o foco do design editorial – mas sem perder seus precedentes, e atuando como designer com perfil de direção de arte. Ou seja, um perfil prático focado no desenvolvimento de layouts criativos para diversos fins, mas com principal objetivo de comunicar alguma coisa: produto ou serviço. Aqui também comecei a trabalhar com clientes de grande visibilidade nacional como: Casas Bahia, Ponto Frio, Extra e Pão de Açúcar, empresas da Via Varejo e Grupo Pão de Açúcar respectivamente. Foi nesse momento que percebi, o quanto a área de experiência do usuário (UX) já estava totalmente consolidada no Brasil e, além de entender o que de fato ela é, percebi também que toda trajetória do meu trabalho vinha sempre acompanhada de pesquisa. Aplicada à uma prática empírica que move meu design até hoje.
KV para campanha de recrutamento digital: “#EuEscolhoIncluir” – Extra;
Vídeo animado “Boas Práticas no Trânsito” – Sura Seguros;
Campanha Institucional GPA LAB – Grupo Pão de Açúcar.
A Bend me lançou também o desafio de se apresentar para o mercado como uma profissional versátil. Embora minha carreira baseada no design e especializada no editorial, o mercado também espera de mim que outros conhecimentos possam compor minhas vertentes de atuação. Sendo assim, fui mergulhado também na área de motion graphics. Uma área que eu já tinha bastante interessante de atuar e aprender outras técnicas. Na Bend, além de ser desafiado com os softwares para a produção deste tipo de material, me deparei ainda com a possibilidade de compor uma metodologia de trabalho para isto. Embora essa metodologia possa ser um pouco óbvia para quem já atua com criação para motion graphics à um tempo, para mim, que estava adquirindo aquela nova expertise, foi um novo jeito de fazer meu trabalho acontecer. Comecei muito tateando, produzindo pequenos vídeos para TV Corporativa de um cliente que atendia naquela época. E atualmente, mesmo que ainda em constante estudo nessa área, já tenho um trabalho bem sólidos para grandes clientes de abrangência nacional e internacional.
Clique aqui e conheça um pouquinho do meu trabalho como motion graphics.
Parte 3 – 2019, 2020…
Após aprovação durante apresentação da Qualificação da minha pesquisa de Mestrado em fevereiro de 2019. Fui direcionando a pesquisa para a escritura do meu texto final. Chegava então meu último ano de mestrado após ter vivenciado aulas na UFPE, vivência artística pública, aulas na Unesp e alguns questionários de pesquisa com entrevistas à outros colegas Arte/Educares. Pude por fim compreender um pouco mais sobre como artefatos didáticos podem ser usados além de ferramentas para facilitação da prática pedagógica em sala de aula. Pesquisa esta que pretendo aprofundar quem sabe num curso de doutorado, apresentando ainda mais as confluências entre: Arte Educação, Design e Tecnologias.
Voltando ao mercado… Participei pela primeira vez na vida de um evento presencial no Google. E foi um sonho conhecer aquele lugar, risos. O Meetup UXPA propôs um encontro super legal com vários profissionais e aspirantes da área para discutir sobre: “por onde começar (é curso? estágio? tem que ser designer?), criação de portfólio e a síndrome do impostor (o que será os heads valorizam num portfólio), realidade da área (chega de romantizações), ambientes tóxicos versus cultura organizacional (quando a empatia só no papel) e demais angústias e ansiedades de quem está começando na área.” Foi uma das noites mais enriquecedoras em toda minha jornada profissional e me deixou com mais vontade de transicionar minha carreira para uma atuação com UX.
Meu retorno à agências em conjunto a essa nova expertise em motion graphics acabaram impulsionando ainda novos caminhos de atuação profissional e, no segundo semestre de 2019, comecei a atuar na Megafone Comunicação. Onde como designer criativo, desenvolvo direção de arte digital e offline para comunicação interna, institucional e corporativa. Entre minhas principais atividades estão: a criação de KVs para campanhas, layout e diagramação de peças gráficas (anúncios, motion graphics, newsletters, cartazes, folders entre outras). E ainda a criação de UI para produtos digitais como websites e landing pages. Atendendo à clientes como adidas, Carrefour, Fedex, 99, Grupo Hinode, AES Corporation, Sompo Seguros, entre outros. Além da atuação como designer, colaboro com o desenvolvimento de metodologias e estratégias operacionais para aperfeiçoar o fluxo do trabalho criativo em conciliação entre demandas x entregas.
UI design para landing page – Fedex;
KV para divulgação de bazar na natal – Grupo Hinode.
No final de 2019 e atento à esta característica de pesquisador que me fascina, passei a explorar o universo da área de UX Design como possibilidades e comecei a buscar estudos e formações complementares sobre o tema.
Iniciei estudos na PUC, embora com muita dificuldade para conciliar com o fim do mestrado, o primeiro grande curso que fiz na área. UX Digital: experiência do usuário em plataformas digitais. Onde pude conhecer as primeiras noções técnicas e fundamentais sobre a área, além de me aproximar um pouco de sua prática.
Testando empiricamente processos de ideação como o crazy eight. Desenvolvendo mapas mentais e quadros comparativos entre as variantes: Certezas x Suposições x Dúvidas. Além de conhecer e aprofundar metodologias de trabalho como scrum e double diamond. E entender o funcionamento de equipes e times de trabalho como sprints ou squads.
Imagens: Freepik
Ou seja, muitos novos termos chegaram, socorro. Muitos novos aprendizados agregados em menos de dois anos. Mas, isso tudo tem contribuído inclusive para aperfeiçoar o meu inglês. Então, conhecendo um pouco desse universo, comecei a distinguir finalmente as atividades e limites entre UX (user experience) e UI (user interface). Entendendo ainda que dentro de cada uma destas duas áreas há várias possibilidades de atuação e ramificação profissional para o designer.
Parte 4 – 2020 segue em meio a uma pandemia,
Finalmente terminei e defendi o mestrado. E agora planejo também meu retorno às salas de aula. Lugar o qual estou ausente desde 2016, quando decidi parar para focar nos estudos e me aperfeiçoar como professor.
Acho que para este texto é isto no momento, gente. Me acompanhem no Medium, talvez eu passe a escrever mais coisa por lá agora. Mas esse espaço aqui também vai reviver e aos pouquinhos vou compartilhando mais vivências e coisas profissionais por aqui.
😉